Lean UX é um processo design focado na experiência do usuário, e é desenvolvido baseado nas metodologias de desenvolvimento Lean e Agile, com três fases:

• Pensar;
• Fazer;
• Verificar.

No universo do design de experiência do usuário (UX), destaca-se o Lean UX como uma metodologia ágil que coloca a eficiência e a colaboração em primeiro plano. Similar a um método operacional, essa abordagem vai além de um conjunto de diretrizes, representando uma mentalidade incorporada por especialistas no cenário internacional. Ao examinar casos práticos e estratégias de grandes players, o Lean UX emerge como uma tática efetiva, evidenciando agilidade por meio da integração entre equipes multifuncionais, iterações rápidas e eliminação de elementos desnecessários. Este método se revela como uma adaptação contínua, moldada pelas respostas diretas dos usuários, sendo corroborado por estudos de casos que o posicionam não apenas como uma ferramenta especializada, mas como uma orientação crucial para a satisfação do usuário.

Ao adentrarmos esse universo do Lean UX, onde a simplicidade é a verdadeira sofisticação, cada ajuste representa um refinamento na experiência digital. A promessa é de interfaces mais intuitivas, produtos eficazes e usuários mais satisfeitos. Estamos diante de uma revolução experiencial, onde o design se entrelaça com a agilidade, e o Lean UX nos guia na vanguarda dessa transformação. Continue a leitura para navegar pelo mundo do Lean UX!

O que é Lean UX?

É um processo de design focado na experiência do usuário. O Lean UX utiliza as metodologias Lean e Agile visando reduzir custos e criar produtos mais direcionados aos usuários.

Para se obter resultados mais precisos, alguns fatores são de extrema importância, como:

• Maior colaboração entre os membros da equipe;
• Experimentação;
• Prototipagem rápida;
• Feedback do usuário.

Com isso, é possível produzir um (MVP) produto mínimo viável e entregá-lo aos usuários de forma rápida e precisa.

Quando surgiu?

Estimasse que o Lean UX se originou do Lean Manufacturing, processo que visa a diminuição ou redução de desperdícios durante o desenvolvimento do produto, se referindo a questões que não agregam valor ao usuário final.

Em 1990, os autores, James P. Womack, Daniel T. Jones e Daniel Roos publicaram o livro The Machine That Changed the World. Podemos considerar que este foi o primeiro livro que descreveu o método Lean Manufacturing, que se originou do Sistema de Produção da Toyta (TPS), uma abordagem que promoveu um crescimento exponencial da Toyota, levando a empresa a se tornar uma das maiores referências no mundo na fabricação de carros.

Lean UX x Agile UX

Apesar de terem conceitos parecidos, o processo de Lean UX pode ser efetivo para qualquer startup ou organização, no caso do Agile UX, é mais indicado para equipes que atuam com o processo Agile.

É importante salientar que o Lean UX utiliza todas as fases do Design Thinking de UX, mas, com um protocolo próprio.

Os cinco estágios do processo de Design Thinking incluem:

1. Tenha empatia: descubra o que seus usuários precisam;
2. Definir: determine o problema que você deseja resolver;
3. Idear: desenvolver possíveis soluções para os problemas dos usuários;
4. Protótipo: Crie protótipos;
5. Teste: teste seus protótipos com usuários e partes interessadas

Enquanto o Lean UX divide o processo em três etapas:

1. Pense: resultados, suposições, pesquisas de usuários, ideias, modelos mentais, esboços, storyboards;
2. Faça: Wireframes, protótipos (produtos mínimos viáveis), propostas de valor, hipóteses;
3. Verificar: analisar dados e análises, testes de usabilidade, feedback das partes interessadas e dos usuários.

Princípios do Lean UX

Em sua publicação, Ben Ralph descreve os 15 princípios básicos do Lean UX, sendo eles:

1. Equipes multifuncionais: Construa equipes com membros de vários departamentos trabalhando no mesmo projeto.
2. Pequenas, dedicadas e co-localizadas: Mantenha equipes pequenas (5 a 9), focadas em um único problema e no mesmo espaço de trabalho (ou no mesmo fuso horário para equipes remotas).
3. Foco no resultado: As capacidades e serviços se materializam na produção. Os objetivos empresariais que esses elementos devem alcançar são os resultados almejados.
4. Equipes focadas em problemas: As equipes devem se concentrar na resolução de problemas, não no design de novos recursos.
5. Eliminação de desperdícios: Remova trabalhos e processos que não levam você aos seus objetivos de negócios. Sua equipe participa de reuniões ou gera relatórios sem fundamentação explícita?
6. Divida as tarefas em pequenas partes: As equipes devem se concentrar em concluir uma tarefa ou objetivo de cada vez.
7. Descoberta contínua: Interaja regularmente com clientes, usuários finais e partes interessadas.
8. Saia do prédio (GOOB): Não debata suposições internamente. Teste ideias com usuários reais.
9. Compreensão compartilhada: Colabore e compartilhe ideias para que toda a equipe aprenda e cresça junta.
10. Respeite a individualidade de cada membro da equipe: Cada membro da equipe é valorizado da mesma forma. 
11. Exteriorizando seu trabalho: Crie um ambiente onde as pessoas sejam livres para compartilhar ideias. Não existem ideias certas ou erradas!
12. Análise exagerada: Não perca tempo debatendo se algo vai funcionar. Experimente e aprenda com a experiência.
13. Aprendendo em vez de crescer: Faça primeiro a coisa certa e depois dimensione.
14. Permissão para falhar: Experimente e corra riscos! Como disse Mark Zuckerberg, “mova-se rápido e quebre as coisas”. Priorize a velocidade de lançamento no mercado em vez da perfeição.
15. Sair do negócio de entregas: Mantenha a documentação UX no mínimo. Priorize o resultado.

Como aplicar o Lean UX?

Imaginemos que estamos construindo um aplicativo de entrega de comida, imersos no mindset do Lean UX. Aqui, ao invés de gastar meses detalhando um extenso plano de projeto, lançaríamos rapidamente uma versão mínima viável (MVP). Neste processo ágil, as interações dos usuários seriam como sinalizações indicando o caminho a seguir. Se, por exemplo, notarmos que muitos usuários estão abandonando o aplicativo ao selecionar seus pratos, podemos rapidamente ajustar a interface para tornar esse processo mais intuitivo.

Ao adotar essa abordagem, não estamos apenas projetando um produto; estamos co-criando uma experiência com os usuários. Assim, o Lean UX se torna não apenas uma metodologia, mas um guia prático para criar produtos que não apenas sobrevivem, mas prosperam na dinâmica e desafiadora concorrência do mercado.

Conclusão

No panorama complexo do design de experiência do usuário, o Lean UX surge como uma metodologia crucial para otimizar o processo de desenvolvimento de produtos. Como um framework ágil, ele enfatiza a colaboração interdisciplinar contínua, a iteração rápida e a eliminação de desperdícios, alinhando-se às práticas Lean. Ao analisar projetos internacionais e cases de grandes players do mercado, torna-se evidente que o Lean UX transcende fronteiras, oferecendo eficiência e flexibilidade.

Ao incorporar ciclos rápidos de feedback do usuário e priorizar a entrega contínua de valor, o Lean UX se torna uma abordagem pragmática para criar produtos adaptáveis. A flexibilidade inerente à metodologia permite ajustes rápidos com base em dados concretos, evitando investimentos desnecessários. Em um cenário de constante evolução tecnológica, o Lean UX não apenas simplifica processos, mas se destaca como uma ferramenta essencial para equipes de UX, catalisando a inovação e a entrega eficiente de soluções centradas no usuário.

Fontes:
https://medium.com/@benleralph/agile-lean-ux-9d743a2f8566 Acessado em 21/12/2023
https://www.uxpin.com/studio/blog/lean-ux-process/ Acessado em 21/12/2023
https://www.oreilly.com/radar/what-is-lean-ux/?irclickid=S9yXkIyyExyPUNJUC0XIDWSvUkH0MgXW6xFvRg0&irgwc=1 Acessado em 21/12/2023
https://www.hotjar.com/blog/lean-ux/ Acessado em 21/12/2023
https://www.interaction-design.org/literature/article/a-simple-introduction-to-lean-ux Acessado em 21/12/2023
https://scaledagileframework.com/lean-ux/#:~:text=Lean%20User%20Experience%20(Lean%20UX,user%20experience%2C%20and%20customer%20outcomes. Acessado em 21/12/2023